Ela não enganava ninguém.
Mostrava-se sem medo que a condenassem.
Sabia que o mundo achava que tinha mudado muito nos últimos tempos, o que ninguém entendia era que era vida que a ia moldando a cada dia que passava.
As rugas que se multiplicavam naquele rosto eram a imagem de tudo o que já tinha vivido. O mundo julgava-a, mas não conhecia o sabor das muitas dores que carregava dentro de si, a ponto de já nada lhe doer.
Ela todos os dias saia para a rua vestindo um sorriso colorido:
Era essa fora a única forma que encontrou de afastar todas as tristezas e mágoas que normalmente dançavam à sua volta.
Sorrir era uma forma dela gritar para assustar os pensamentos que não queria transportar consigo.
O mundo nunca a iria entender.